
O texto de Spiro Scimone revela as angústias e tensões emotivas de pessoas desiludidas com a vida, que só se ouvem a si mesmas e não conseguem ter sequer uma relação humana activa nos seus próprios lares.
As personagens de “A Festa” são como artigos numa vitrina, como se estivessem numa espécie de redoma ou de quarta parede. Tem muito do teatro de Becket, nas contínuas repetições de frases, nos silêncios e, sobretudo, no ritmo.